Memórias Comuns Apresenta Palestras 22 de julho e 5 de agosto

 

O projeto de pesquisa "Memórias comuns: cultura, patrimônios culturais e territorialidades", resultado da colaboração entre pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (PPG-AU/FAUFBA) e do Laboratoire d'Urbanisme (Lab'Urba) da École d'Urbanisme de Paris (EUP) da Université de Paris-Est Créteil, tem duração de quatro anos (2024-2027) e conta com financiamento do Programa CAPES Cofecub (Edital n. 08/2023).

No âmbito da missão que a Profa. Florine Ballif, do Lab'Urba/EUP, está realizando junto ao PPG-AU/FAUFBA, será realizada, no próximo dia 22 de julho, às 17h, no auditório Mastaba da FAUFBA, a palestra "Descolonizar o patrimônio? Os vestígios das exposições coloniais de 1907 e 1931". A palestra aborda o património herdado das exposições coloniais realizadas em Paris no século XX. A exposição colonial de 1931 deixou como legado o Palais de la Porte Dorée (antigo palácio das colônias) que hoje abriga o museu da imigração, com uma decoração que visava celebrar as virtudes da colonização. Da exposição colonial de 1907 restou um jardim tropical no Bosque de Vincennes e diversos pavilhões de ex-colônias. Por muito tempo desconhecido ou abandonado, este património, testemunho da história colonial, atualmente é revalorizado e realçado com uma preocupação pedagógica por parte das instituições culturais.

Florine Ballif é graduada pelo Instituto de Estudos Políticos de Estrasburgo, doutora em Urbanismo e professora da Escola de Urbanismo de Paris (Universidade Paris Est Créteil), investigadora do Lab’Urba e do CRH-LAVUE. Com uma abordagem que combina sociologia política e urbanismo, tem conduzido pesquisas sobre os processos de fechamento e mecanismos de controle dos espaços urbanos em tempos de crise. Uma inflexão temática foi iniciada em direção às políticas de memória, em diversos contextos, na Irlanda do Norte, França e Eslovénia. No Brasil, ela estuda as lutas pelo reconhecimento cultural afro-brasileiro e pela memória da escravidão conectando identidades e memórias no centro histórico de Salvador e nos seus espaços públicos.

 

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