A Filosofia e as Artes Visuais Contemporâneas

Português, Brasil
O objetivo é estudar as surpreendentes e significativas transformações pelas quais vêm passando as artes visuais nas últimas décadas, com a afirmação de um mercado cultural, de uma indústria cultural, da emergência de conceitos como capital cultural, capital simbólico, nos levam à constatação de uma insuficiência das abordagens clássicas para a interpretação dessa produção artística. Em meio a essas mudanças sociais de nome incerto (globalização, nova economia, novas formas de socialização e trabalho, para citar somente as mais óbvias), mas de inegável espessura, a função, o significado e o valor da arte também mudaram, constatados em um fenômeno recentíssimo: seus estreitos vínculos com grandes corporações empresariais. Isso tudo nos leva a perguntar: quais os interesses dessas corporações empresariais na produção artística? Quais as novas relações da arte com a publicidade e a sociedade de massas? As questões clássicas relacionadas à identidade e cultura ainda têm, hoje, o mesmo significado? É com o objetivo de respondermos, ainda que provisoriamente, estas perguntas que elegemos como questão de estudo as relações entre arte e estética, arte e sociedade, arte e técnica, arte e ética. Isso resultou na elaboração dos seguintes textos: O silêncio das Imagens (capítulo de livro, 2008; anteriormente apresentado no Seminário Internacional Estéticas do Deslocamento, BH, 2007), Autenticidade e Cultura (Arquimemória, 2008), Os limites da Estética (VI Colóquio Franco-Brasileiro de Estética, 2008), A arte contemporânea e a necessidade da Filosofia (18 ANPAP, selecionado para apresentação em setembro de 2009). Nesse panorama cultural, apelar para a filosofia nos ajudará a entender esses fenômenos, uma vez que é indispensável para pensarmos os imbricados processos de criação-destruição artística nas sociedades capitalistas e para entendermos as chaves dos sentidos da criação artística do nosso tempo.
 
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Dois alunos de Mestrado Acadêmico.