A Ocupação Trobogy, lar de mais de 300 famílias, foi alvo de uma ação policial com uso de força desproporcional na manhã de quinta-feira (18/07/24), violando os direitos básicos de seus moradores.
Famílias compostas por mães, pais, trabalhadores, crianças e idosos, que residem no local desde 2015, foram surpreendidas por uma blitz policial às 4h30 da manhã. Sem mandado judicial, cerca de 100 policiais arrombaram portas, reviraram pertences e causaram terror e insegurança entre os moradores.
A ação policial, denominada "Bastilha", não só foi ineficaz em seu objetivo ostensivo de combater o tráfico, como também gerou diversos prejuízos materiais e psicológicos para as famílias. Além disso, a cobertura midiática sensacionalista e estigmatizada contribuiu para rotular os moradores como criminosos, ignorando suas lutas por moradia digna e perpetuando o ciclo de marginalização e preconceito.
É importante ressaltar que a Ocupação Trobogy é fruto de um movimento social organizado e possui uma Associação de Moradores atuante. A comunidade busca, através de ações legítimas e pacíficas, melhores condições de vida e o direito à moradia digna, inclusive com o apoio de instituições como a Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Diante do exposto, nos solidarizamos com a comunidade da Ocupação Trobogy e exigimos:
- Respeito aos direitos humanos dos moradores: fim da violência policial e criminalização da pobreza.
- Investigação rigorosa da ação policial: punição dos responsáveis pelos abusos e violações de direitos.
- Cobertura midiática responsável e imparcial: apresentação dos fatos de forma justa e sem estigmatização.
- Diálogo e reconhecimento da comunidade: busca por soluções pacíficas e permanentes para a questão da moradia.
- Implementação de políticas públicas efetivas: acesso à moradia digna, infraestrutura adequada e serviços públicos para todas as pessoas.
- A luta por moradia digna é um direito fundamental e a comunidade da Ocupação Trobogy merece ser tratada com respeito e dignidade!
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